terça-feira, 12 de abril de 2011

Camisinha feminina é mais uma opção de prevenção

Um dos capítulos da novela Insensato Coração, da Rede Globo, a personagem Alice (Paloma Bernardes) e o namorado Vinicius Amaral (Thiago Martins), traz uma cena em que o rapaz perde a ereção do pênis na hora de colocar a camisinha. Situação que se repete inúmeras vezes na vida real de muitos brasileiros.

Muitos homens relatam que a camisinha masculina aperta o pênis e faz perder a ereção e a sensibilidade durante a relação sexual. A sexóloga Rose Villela explica que isso acontece por causa da ansiedade e o nervosismo que resulta na perda de ereção do pênis e na sensação de incomodo da camisinha.

Para essas situações, a sexóloga recomenda o uso da camisinha feminina. "É mais uma opção de prevenção eficaz contra doenças sexualmente transmissíveis e contracepção e, assim, a mulher não precisa abrir mão de se proteger", alerta.

O Brasil distribui a camisinha feminina gratuitamente em serviços públicos especializados, como insumo estratégico de prevenção de infecções sexualmente transmissíveis, incluindo o HIV. Para 2011, o Ministério da Saúde deve oferecer 40 milhões de preservativos femininos.

Para os homens que sofrem com este problema, a sexóloga dá uma dica: testarem com suas parceiras a camisinha feminina, que pode ser colocada antes das preliminares, o que alivia o nervosismo e a ansiedade. Com material mais fino é também uma opção para os homens que reclamam da perda de sensibilidade.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Ata da Reunião realizada durante o 8º. Congresso de Prevenção

Pautas: *Encontro Nacional / *CNAIDS

A reunião inicia-se com Adriana Aros informando que não esta mais na Representação Estadual do MNCP+ SP, porém informa que o CNPJ que esta responsável pelo projeto do Encontro Nacional junto ao Departamento Nacional é o da entidade que ela atualmente preside – a Associação Lar, na cidade de Osasco/SP. Informa também que a representação do MNCP+ SP esta atualmente com a companheira Silvinha Almeida.Quanto ao projeto, foi enviado ao Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais em 06/06/2010 e este se manifestará sobre o assunto no início de Julho. Assim que receber a resposta estará enviando a informação da data oficial da realização do evento. Ainda com uso da fala informou que no Estado de SP foi constituído um Colegiado Estadual composto pelas 05 regiões do Estado e que esta forma de trabalhar tem dado certo graças à articulação de seus membros. Foi solicitada no Projeto uma verba de 70 mil reais que deverá cobrir: hospedagem, alimentação, espaço físico e coffe break. Informou também que o evento acontecerá no municipio de Atibaia no Estado de SP, que todos devem ir ate a Capital de SP e pegar um ônibus ate a cidade de Atibaia, e o custo da passagem ficará em torno de R$ 12,00(Doze Reais). Com relação à Comissão Organizadora do evento, a sugestão de Adriana é que se constitua com alguns membros do Colegiado Nacional da região Sudeste, enquanto que os outros Estados devem articular localmente a sua vinda para SP. Adriana propõe que a comissão Organizadora seja composta pelas 05 representações das Macro-Regiões do Estado de SP mais as representantes dos Estados que compõem a região Sudeste: Eliana de Minas Gerais, Cida do RJ e a Claudia do Espírito Santo, informando também que não possuímos dinheiro para o custeio das vindas destas representantes para as reuniões que antecedem o Encontro Nacional, tendo as mesmas que viabilizarem suas vindas por seus estados de origem. Foi pontuado o problema visto em outros encontros quando ao termino é tirado um documento como a Carta de Aracajú, onde grande parte das propostas não foi efetivada, pois faltou atuação das lideranças em suas bases. E que seria necessário estabelecer tempo para o desenvolvimento de cada proposta. Por esse motivo foi pontuada por Adriana a necessidade de reuniões posteriores ao Encontro para algumas tarefas de prestação de contas. A representante Natia da cidade de Jundiaí/SP pede a palavra e avisa as amigas que a cidade onde mora fica próxima de SP e coloca a sua casa a disposição caso alguma cidadãs necessite de pernoitar nos dias que antecedem ou sucedem o evento. Adriana explica que por conta da Copa do mundo e também das eleições 2010 ficará inviável realizar o encontro em Outubro de 2010 e que provavelmente marquemos para de Novembro de 2010; mas isso também deverá ser definido e informado pela Comissão Organizadora neste momento formada pelo Colegiado de São Paulo e mais as 4 regiões do Sudeste ( Cida RJ – Eliana – MG e Claudinha – ES). Jenice se prontifica a redigir um modelo de carta para solicitar apoio de parceiros viabilizando a vinda das cidadãs para o Encontro Nacional após o dia primeiro. E cada representante colocará o nome do coordenador do Estado/ municipio.Com a comissão montada será pensado uma pré data para o evento e divulgada no e-grup.. Adriana solicita também que o e-grup das Cidadãs Nacional e lideranças seja utilizado de forma mais otimizada sem emendar um assunto, pois coisas importantes são colocadas junto com felicitações de Aniversario, sem que se faça mudança do assunto na barra de ferramenta. Com isso alguns assuntos importantes são delatados sem que se tome ciência do total conteúdo. Pipoca chama atenção para os eixos temáticos e sugere que todas possam dar sugestões para ver o que é viável, e pede que convidemos Irina Bacci para falar sobre a Saúde da Mulher Lésbica e indica também o nome de Jandira Queiroz, ambas com vasto conhecimento nesta área, e informa que a UNAIDS E ONU cobrou atuação das mesmas para sair da invisibilidade. Adriana Aros orientou que as indicações de convidados, se possível, devem ser acompanhadas de telefone ou e-mail para contato para que a comissão possa efetivar o convite. Lembrando que antes temos que ver a agenda da pessoa indicada e também considerar que não temos dinheiro pra trazer alguém de locais de grande distancia. Em seguida foi sugerido fossem apontados tema de relevância para serem abordados no encontro: Aids e Trabalho; Advocacy Soro discordância; Criminalização do HIV. A Sra. Kátia Damascena com a palavra diz que o segmento LGBT consegue tudo que quer, pois fazem advocacy, e afirma que devemos convidar um representante deles para falar sobre a temática advocacy. Simone Ferreira fala do SOS Corpo, sugere temas mais abrangente sobre a mulher. Jenice sugere ser temas que envolvam a construção de políticas. Em seguida muitas se manifestaram dizendo que nosso movimento ainda é muito amor, carinho porem temos que pensar num encontro mais político e com aprendizado mais técnico. O colegiado não discute temas políticos e pouco se fala em advocacy, temas como: direitos sexuais e reprodutivos e também efeitos dos ARV (anti-retrovirais) em nós mulheres. Adriana diz que é de suma importância temas de nível nacional ser discutido no coletivo com propostas de encaminhamento após as discussões.Infelizmente com R$ 70 mil não será possível trazer palestrantes de muito longe. Jenice fala da importância de ter uma visão pragmática, com critérios de participação, sendo melhor trazer poucas pessoas para discutir políticas e que as integrantes mais novas com menos condição de discussão política devem ser levadas em consideração na formulação da programação. Adriana fala que podemos criar alguns critérios de participação, porque os encontros de formação devem ser feitos nas bases, nas cidades e nos estado devendo o Encontro Nacional ser um encontro de tomada de decisões e um dos critérios deve ser ter participado do Encontro Estadual e ter trabalhos voltados nas suas bases – em sua região. Quanto às sugestões podem ser encaminhadas para seu e-mail pessoal.Pipoca menciona que temos que trabalhar políticas e também como acessar o Plano Integrado de Enfrentamento a Feminização da Aids, pois ainda infelizmente há mulheres que não se apropriaram do mesmo. É pena que continuemos falando de nos para nos mesmas e muitas se falam somente em eventos. Lilá da Bahia questiona participação de Lívia e da importância de fortalecer a base, pois cada estado tem suas especificidades fala que a Bahia esta capacitando profissionais para Lipodistrofia e ela viu que no Estado de SP e outros já tem hospitais apresentando trabalhos. Falou também da AMB – Articulação de Mulheres Brasileiras, que é uma instituição feminista e que faz políticas publicas, e complementa dizendo o nosso movimento precisa trazer temas mais globais, ex.: O estado da Bahia tem casas de apoio que não aceitava mulheres soro positivas, mas que na linha da violência domestica, chamou então uma audiência publica para discutir e resolver essa questão. Ela acha que o movimento das cidadãs esta desarticulado e com respostas tardias e que é preciso se fortalecer localmente. Propõe falar problemas locais nas bases. Os estados tem autonomia para resolver suas questões. Nívea diz que se tivermos todos os dados para o Encontro Nacional ela tem como conseguir folder’s porem ela só tem 20 dias para que a art. fique pronta. Adriana diz que só pode dar a resposta após o dia 07 de julho e que dará a resposta posteriormente por e-mail para Nívea. Eliana fala da importância de se discutir a saúde da população negra. Drica sugere que seja formada uma comissão para pos encontro para monitorar as ações realizadas. Regina Cohen propõe que foquemos no Plano de Enfrentamento que abrange a mulher como um todo que temos a Secretaria da Mulher ligada a Presidência da Republica e que não podemos mais falar de nos para nos mesmas, cita também que a carta de Aracajú e o Plano de Enfrentamento deve ser melhor discutido nas bases.Cida Lemos diz que as brigas locais são levadas para o Encontro maior, saímos deles dizendo vou fazer e nada é feito, então não podemos reclamar se não fazemos nada, pois as propostas não são viabilizadas porque propomos coisas que não são possíveis. Se de 5 propostas feitas, no maximo implementamos 3, devemos lembrar que estamos gastando dinheiro publico,, Cida fala que esta indignada e que não acredita no nosso modelo de Encontro pois falamos de nos para nos mesmas, a equipe que nos atende não sabe falar conosco, estatuto deve ser adequado a nossa realidade, fazer prevenção para quem convive e ter idéia de como ter essas pessoas de nosso lado. Não posso reclamar se o outro não pode me ouvir, cita um evento que fez e cada uma ficou junto com uma amiga dentro no quarto e não leva nada de novo e também não traz nada de novo as salas ficam vazias no final de eventos, e isso é um problema. Simone representando o MNCP na CNAIDS – informa que será preciso uma carta para referendá-la do Colegiado Nacional, que deverá ser criada uma agenda para ser levada aos deputados, levantar demandas para serem levadas as reuniões. Foi proposto repensar a maneira como tem agido o Colegiado Nacional com relação a sua real atuação.Salienta a importância da retro-alimentação, e as poucas propostas apresentadas muitas vezes ficam sem retorno. Secretaria de Políticas para Mulheres com agenda afirmativa para sair das bases Eduardo Barbosa solicitou uma carta com essas reivindicações e nós não tínhamos a dimensão do que era isso pro Encontro, vamos levar o que vamos produzir no nosso Estado.Nívea informa que será realizada no próximo ano a capacitação para Núcleo Nacional de Mulheres Indígena Cidadãs e um projeto de 74 mil reais. Com relação as Carta de Bahia, e de Aracajú se cada liderança replicasse sua base muito já se teria feito, e fala “se eu não consigo capacitar outra pessoa....” informa que vai ter capacitação indígena, e convidou Pipoca. Menciona que precisará da ajuda de Adriana e Nair para fazer capacitação Nacional e elas precisarão ir antes pra ajudar na Organização. Lilá sugere avaliar propostas dos anos anteriores: ver o que foi feito, e o que não foi feito. E por quê?. Novamente é reforçada a proposta anterior de formação de uma comissão para acompanhar, monitorar e socializar o resultado das ações. Simone sugere a formação de um comitê Estadual para o Plano Integrado de Enfrentamento a Feminização da Aids composto por Gestor e Movimento Social respeitando a paridade. Jenice fala que concorda que a discussão seja feita num pequeno grupo e não falar de nos para nos mesmas. Simone enquanto representante da CNAIDS diz que tem 02 propostas que tem que sair com respostas deste momento: uma carta referendando Kátia como sua suplente. E quem vai fazer? Reforça ainda importância de ter cidadãs em inseridas em espaços políticos maiores para pautar o que queremos e que fica difícil trabalhar sozinha pois quando pergunta na lista não obtém respostas. Drica pergunta: como vamos tocar o movimento social das cidadãs se não existe retro alimentação das bases e fala para Simone persistir. Kátia pauta coisa na lista e não recebe nenhum comentário, e relata que fica frustrada, pensando que não é interessante o que ela pautou. Pipoca fala que a linguagem muito difícil, e muitas não se pronunciam por este motivo- “não entende o que leu”. Regina Cohen diz que não é do colegiado e acha que é por isso que suas mensagens não são respondidas ou são ignoradas. Novamente se identifica o problema da comunicação deficiente, e se pede uma melhora nesse sentido. Drica de SP fala que teve progressos na interlocução com RNP+, Fórum e outros grupos dentro do estado de SP, trabalhando em forma de colegiado conquistamos um grande espaço, hoje dentro do GT OG/ONG. Explica que após discussão saiu uma verba Estadual para apoio a FÓRUNS e Redes, e citou o exemplo do Fórum de Ongs de SP que tem mais visibilidade porque tem dinheiro, e fala que as Cidadãs de SP hoje recebem uma verba, seu desfio foi montar um colegiado atuante. Foram elaborados 02 projetos para o ano de 2010 porém para os anos subseqüentes, fomos informadas que o gabinete do Secretario Estadual de Saúde e também o Tribunal de Contas traziam a seguinte exigência, nenhuma ONG ou Movimento receberá financiamento sem seu CNPJ e que isso já esta sendo discutido a nível nacional. A pouco Jose Marcos confirmou que todos os Conselhos de Saúde também terão que providenciar CNPJ para ter repasse de valores financeiro., sendo uma exigência do Tribunal de Contas da União,O MNCP - São Paulo terá 01 ano para se adequar ou então não receber mais a verba , Informou também que no momento da discussão os 03 movimentos do Estado de SP foram a favor (Fórum de ONG, Movimento LGBT e RNP+) mesmo ela sendo contraria seria voto vencido. Regina Cohen e outras meninas dizem que o MNCP tem que ter autonomia em seus Estados para poder desenvolver suas ações e demandas e que não tem os gerencia uma sobre o Estado da outra... Drica alerta que isso vai acontecer e a representante de Roraima afirma que isso já aconteceu por lá. Sobre a reunião das 03 Redes foi informado que a reunião acontecera e Simone diz que devemos tirar naquele momento as representantes: foram definidos 5 nomes: Simone Bitencurt, Adriana Aros; Gisele Dantas; Nívea Pinho, Sirlene Candido(Pipoca). Lisandra mostra o modelo da bolsa que será feita no encontro da macro 04 e diz que mandou a art na lista de e-mail porem só vai ser possível abrir quem tem o programa Corel Draw 12 instalado no seu micro computador, ela disse que vai tentar enviar novamente em modelo WORD para que todas possam abrir para ver porem pra fazer tem que ser enviado no Corel. Silmara Lenda fala dos 03 e-grup existentes qual ela é moderadora: das lideranças; das cidadãs e do colegiado Nacional, ela sugere jogar tudo nas cidadãs...(tem que ser aberto, para saber o que ta rolando, as lideranças não estão socializando e diz que as pessoas têm que ter oportunidades de discussão. Lisandra orienta que se sua liderança Regional , Estadual ou local não te representa todas localmente devem se unir e trocar a liderança. Lilá da Bahia reclama da centralização das informações e diz da importância de oportunizar. Drica fala da metodologia de como desenvolveu o trabalho enquanto liderança no Estado de São Paulo. Simone solicita urgência no envio dos números para a construção de geomapeamento das Cidadãs Nacional. Drica sugere que tudo fica como esta ate o próximo Encontro Nacional.
Renata Soares de Souza
Presidente Prudente
Movimento Nacional das Cidadãs Positivas
24/06/2010

domingo, 4 de julho de 2010

I Oficina de Capacitação "Projeto Saber para Reagir" - Macro II



Realizado em Campinas/SP nos dias 26 e 27 de junho de 2010 em Campinas/SP, a I Oficina de Capacitação do Projeto “Saber para Reagir” da Macro-região II, com o objetivo do fortalecimento individual e coletivo das MVHA.

Programação:

26/06/2010 - Sábado
Apresentação e acolhida;
Contrato de convivência;
Almoço fraterno;
Histórico MNCP;
Projeto Saber para Reagir;
Coffee; adesão aos medicamentos como escolha de VIDA;
Discriminação e Preconceito;
Jantar.
27/06/2010 - Domingo
Controle Social: conhecendo o SUS e meus direitos;
Prevenção Posithiva - DSR;
Almoço;
Fichas de filiação do MNCP;
Plano de Ação e Avaliação;
Coffee e encerramento das atividades.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

COQUETEL DE INCÔMODOS



Mulheres e homens soropositivos sofrem com a lipodistrofia, doença que distribui a gordura corporal de forma desordenada. Estudos mostram que 40% a 50% dos pacientes que tomam antirretrovirais convivem com o mal
Carolina Vicentin


Gisele, Lívia, Kátia e Simoni reclamam da falta de atenção do sistema público de saúde a portadores do HIV que desenvolveram a lipodistrofia

"De repente, eu fiquei gorda em cima e fina do quadril para baixo. Às vezes, ficava sem almoçar ou jantar para ver se perdia peso, mas nada disso resolve”, desabafa a balconista Disney Diniz, 36 anos. A queixa de Disney é comum em boa parte das mulheres portadoras do vírus da Aids. Soropositivos desenvolvem uma doença chamada lipodistrofia, que é a redistribuição da gordura corporal.
Isso significa que o tecido adiposo passa a se concentrar em alguns pontos — nas costas, nos braços, na nuca, nas mamas e no abdômen — e simplesmente desaparece em outros, como no rosto e no bumbum. “É uma coisa que acaba denunciando, na sua cara, que você tem o HIV”, diz a comerciante Lívia Lacerda, 50 anos, portadora do vírus há 12.
Estudos mostram que a lipodistrofia atinge de 40% a 50% dos soropositivos, homens e mulheres. Elas, no entanto, são as que mais sofrem com os efeitos da doença. “Meu bumbum ficou parecendo maracujá e minhas pernas estavam mais finas do que meus braços”, conta a vendedora Gisele Dantas, 40 anos, que convive com o HIV desde 1998.
A lipodistrofia é um efeito colateral dos medicamentos antirretrovirais, que inibem a ação do vírus no organismo. “A longo prazo, os remédios interferem no metabolismo da gordura. É como se fosse uma toxicidade do medicamento”, explica o infectologista Heverton Zambrini, do Centro de Referência e Treinamento DST/Aids de São Paulo.
Estética e saúde:
Embora a lipodistrofia também seja uma característica do próprio HIV, ela fica muito mais acentuada nos pacientes que utilizam antirretrovirais há muito tempo. Não há um prazo para que ela apareça, mas, geralmente, isso ocorre depois de 10 anos de administração dos remédios. “Antigamente, a pessoa recebia o diagnóstico do HIV e logo começava a tomar a medicação mais forte. Hoje, isso não funciona assim. O portador faz uma série de testes para verificar qual a sua carga viral e qual a quantidade de leucócitos para definir o melhor tratamento”, esclarece a ativista Simoni Bitencourt, 34 anos, portadora do vírus há 19.
Simoni sente na pele o tamanho do problema: ela começou a desenvolver a giba (gordura acumulada na base do pescoço) e ainda não sabe se pode ou quando vai resolver a situação. “Eu já tenho problemas de coluna. Se não fizer uma cirurgia para retirar a giba, ela vai pesar nas minhas costas e posso ter ainda mais dores”, diz ela. “Não é pela estética, é uma questão de saúde”, reforça.
A jornalista Kátia Damascena, 41 anos, soropositiva há 12, acredita que a lipodistrofia também atrapalha os relacionamentos pessoais dos portadores do vírus. “Eu ainda não desenvolvi a doença, mas, certamente, é um fator que contribui para que as pessoas não se aproximem. E isso afeta também os diretos reprodutivos”, diz.
O Ministério da Saúde autorizou, em 2004, a realização de cirurgias reparadoras da lipodistrofia (veja quadro) pelo Sistema Único de Saúde (SUS). No ano passado, nova portaria foi expedida para facilitar o credenciamento dos hospitais que fazem o procedimento.
Dados do fim de 2008 mostram que havia nove hospitais credenciados para fazer as cirurgias e outros sete aguardando aprovação da pasta. O próprio ministério reconhece que o alcance do serviço ainda é pequeno. “Mesmo com a nova portaria, os estados têm dificuldade para credenciar hospitais. Muitas vezes, é porque o atendimento de cirurgia plástica reparadora está concentrado nas capitais. Outras vezes, a demanda é maior do que a capacidade”, diz Kátia Abreu, assessora técnica do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do ministério.
Falta pessoal:
Isso acontece porque as equipes responsáveis pelas cirurgias reparadoras também atendem queimados, pessoas que passaram por cirurgia bariátrica, entre outros casos. “Não há um serviço exclusivo para os portadores do HIV. Além disso, os hospitais têm que se equipar para poder ampliar o atendimento”, explica Kátia.
Outro problema, diz a representante do ministério, é a falta de pessoal especializado em todas as regiões brasileiras. Tanto é que o Movimento Nacional Cidadãs Positivas, que reúne mulheres portadoras do HIV de todo o país, vai entregar uma carta aos conselhos de classe dos profissionais da saúde — médicos, enfermeiros, anestesistas, etc. A ideia é sensibilizá-los quanto à necessidade de manter mais pessoas trabalhando com as cirurgias reparadoras em todos os locais.
Prevenção em debate:
O Movimento Cidadãs Positivas deve entregar a carta aos conselhos profissionais até hoje, quando termina o 8º Congresso Nacional de Prevenção das DST e Aids e o 1º Congresso Brasileiro de Prevenção das Hepatites Virais. O evento ocorre no Centro de Convenções Ullysses Guimarães, com participação do governo, especialistas e militantes.
Efeitos colaterais reforçados :
Disney vive o drama de acompanhar as mudanças no corpo e sofre com a questão estética.

O professor Jorge Pinto, chefe da Divisão de Imunologia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), afirma que a lipodistrofia acaba, muitas vezes, atrapalhando a adesão ao tratamento. Por ser uma doença crônica, o HIV exige que a pessoa tome remédios durante muito tempo e, com o aumento da sobrevida dos soropositivos, os efeitos colaterais ficaram ainda mais fortes.
“Uma pessoa que se olha no espelho e começa a ver que o corpo está mudando logo pensa em suspender a medicação”, aponta o professor. “As mulheres sofrem bastante, mas isso é ainda mais importante entre os adolescentes portadores do vírus, que vivem uma fase de aceitação na sociedade”, completa o especialista.
As mulheres soropositivas reclamam que não há estudos para reduzir os efeitos colaterais dos antirretrovirais. “Essa epidemia existe há 30 anos e ninguém se preocupou com isso até agora”, afirma a comerciante Lívia Lacerda. Ela lembra que não há medicamentos voltados para o corpo e para o metabolismo feminino. “Os remédios foram testados em pessoas com 80kg, 90kg. Imagine o efeito disso no meu organismo, que tem menos de 50kg de massa”, aponta Lívia.
Jorge Pinto explica que ainda não há nenhum medicamento do coquetel anti-HIV específico para as mulheres. No entanto, diz o professor da UFMG, há avanços na conjugação de diferentes drogas que podem reduzir os efeitos dos antirretrovirais. “Mesmo assim, é preciso ampliar a rede de hospitais credenciados para fazer as cirurgias reparadoras. Houve um progresso, mas a rede pode e deve melhorar para incluirmos mais essas pessoas”, opina.
Tratamento de sucesso:
Um estudo de 2008 do Ministério da Saúde mostra que a sobrevida dos pacientes de Aids das regiões Sul e Sudeste dobrou entre 1995 e 2007. No período, o tempo médio de sobrevida saltou de 58 meses para mais de 108 meses. A pesquisa analisou cerca de 2 mil adultos que tiveram o diagnóstico da doença entre 1998 e 1999.
Saúde em questão:
Pacientes soropositivos afetados pela lipodistrofia podem recorrer às cirurgias reparadoras pelo Sistema Único de Saúde.
Saiba quais são os procedimentos incluídos na Portaria nº 2.582, de 2004, do Ministério da Saúde:

· Lipoaspiração de giba — a gordura que fica na base do pescoço, dando a impressão de que a pessoa é corcunda
· Lipoaspiração da parede abdominal
· Redução mamária — retirada das glândulas e do tecido gorduroso acumulado na região
· Aumento das mamas
· Lipoenxertia — retirar a gordura de um local do corpo e transplantá-la para pontos onde falta o tecido adiposo, como na região do quadril
· Reconstrução glútea — aspiração da gordura ou implante de próteses de silicone
· Preenchimento da maçãs do rosto com tecido gorduroso
· Preenchimento das maçãs com polimetilmetacrilato (PMMA)

terça-feira, 1 de junho de 2010

MTE PUBLICA PORTARIA CONTRA EXIGÊNCIA DE TESTE DE HIV NA ADMISSÃO


31/05 - 13:39
MTE publica portaria contra exigência de teste de HIV na admissão
Embora lei de 1995 já proibisse o teste, ele vinha sendo feito
iG São Paulo

São Paulo – A partir de hoje (31) as empresas estão proibidas de exigir teste de HIV para contratação de funcionários. A proibição decorre de portaria publicada hoje no Diário Oficial da União, pelo ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi.

No texto da portaria 1.246, de 28 de maio de 2010, a proibição se aplica a todas as circunstâncias como admissão, mudança de função, avaliação periódica, retorno ou demissão.

Campanhas - As empresas poderão fazer campanhas ou programas de prevenção da saúde que estimulem os trabalhadores a conhecer seu estado sorológico quanto ao HIV, por meio de orientações e exames comprovadamente voluntários, sem vínculo com a relação de trabalho e sempre resguardada a privacidade quanto ao conhecimento dos resultados.

A prática de pedir o exame é considerada discriminatória.

O texto toma como base a Lei 9.029, de 13 de abril de 1995, que proíbe a adoção de qualquer prática discriminatória e limitativa para o acesso ou manutenção do emprego.

domingo, 16 de maio de 2010

VIGILIA DA AIDS EM CURITIBA-PR


Hoje no dia Mundial da Vigilia da AIDS, Curitiba não ficou de fora.
Nos reunimos as nove horas da manhã em frente ao COA (Centro de Orientação e Atendimento) e fizemos entrega de preservativos masculino e feminino além de folderes. Muita gente nem sabia que esse dia existia.
Fizemos entrega na feira do Largo da Ordem onde acontece todos os domingos, com a frequência em massa da população que frequenta a feira que é muito famosa.
Os preservativos foram muito bem aceitos pela população. Curitiba agora está tendo mais demanda e aceitação nesse sentido.
A entrega aconteceu a partir da nove horas da manhã até ao meio dia, com a participação da maioria das ONGs de Curitiba. Inclusive cidadãs posithivas também esteve presente.



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Silmara Ribas
Fones: (041) 3267-6947
Celular: (041) 9971-6745
Fax: (041) 3365-3775
Curitiba - Pr


"VIVER COM AIDS É POSSÍVEL
.COM O PRECONCEITO NÃO."